Animais: pessoas humanas e outras que humanas – entidades vivas planetárias em convivência multiespécie. Dignidade para todas?
16MarFoi publicado novo estudo realizado pela Professora Karen Emília Antoniazzi Wolf na Revista Jurídica Luso-Brasileira, na edição n. 02 (2022).
O trabalho, entitulado “Animais: pessoas humanas e outras que humanas – entidades vivas planetárias em convivência multiespécie. Dignidade para todas?”, questiona se é assegurada dignidade a todas as entidades vivas sencientes, analisando o pensamento bio-filosófico e jurídico do conceito de pessoa e a noção de valor absoluto da dignidade.
Veja-se a trecho da pesquisa realizada:
“Se existe alguma categoria (enquanto território de existência), capaz de moldar e modificar o agir humano em múltiplos espaços, pode-se dizer que é o tempo. Nas palavras de Rabinovich-Berkman, “el principal capital del humano parece ser su tempo”. Isto porque o tempo, não só é concebido como partículas de instantes gravados na memória do passado, mas também como diretriz para a agilidade das ações no presente, e fomenta o projeto do amanhã que guarda (mesmo que perspectivamente) imaginários no futuro. Contudo, o tempo humano – entendido o homem enquanto elemento vivo personificado, atribuído de roupagem corporal desconectada da aparência animalizada – encontra-se em um descompasso assíncrono em relação ao tempo animal. Eduardo Viveiros de Castro entende que os atributos da fisicalidade e da interioridade são qualidades- perspectivas que definem um modo de existir no mundo, tanto para o ser humano, quanto para o ser não-humano. Portanto, os tempos são delineados artificialmente pelo homem, seja relativamente, seja universalmente, em fagulhas dissociativas e retributivas para configurar relações entre os desideratos binários da modernidade: homem/animal, natureza/cultura, local/global, capitalismo/comunismo, entre outros avatares dicotômicos. A redução das categorias em pares é uma das tragédias em complexidade e coerência das relações no
mundo”.
O trabalho completo está disponível em: https://www.cidp.pt/publicacao/revista-juridica-lusobrasileira-ano-8-2022-n-2/223
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